domingo, 31 de janeiro de 2016

A palavra de Deus



(...) A semente é a palavra de Deus. Os que estão ao longo do caminho, são aqueles  que a ouvem; mas depois vem o demônio e tira a palavra do seu coração para que não se salvem crendo. (Lc 8, 12)




Guardemos a palavra de Deus em bom terreno. Peçamos-lhe a perseverança na fé cristã. Se a guardarmos com vontade fraca, logo esqueceremos. O demônio tenta-nos a fim de levar-nos a ruína. É lastimável  quando um cristão não possui critérios entre as virtudes e os vícios e, pior ainda , quando é levado para as seitas. Guardemos, insista-se, a nossa fé em raízes.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Crise da Fé

Se a fé é um hábito intelectual, todos têm a capacidade de aprender as verdades primeiras. A razão do declínio do catolicismo deve-se bastante nisso: já não se ensina a Fé. O atual catecismo é muito débil , não o está amparado sob rochas firmes (a Tradição da Igreja). Infelizmente o que se vê é uma fé sentimental, tal que se crepita no coração ao ponto de levar aos êxtases. Ora, não é próprio do sentir saber o que se crê.




Os artigos de fé estão expostos para conhecermos a ciência de Deus, o que nem antes os filósofos gregos tiveram, e depois da vinda de Cristo, uma simples velhinha a alcançou.

sábado, 23 de janeiro de 2016

A parábola dos trabalhadores da última hora


“O reino dos céus é semelhante a um pai de família que, ao romper da manhã, saiu a contratar operários para a sua vinha. E, tendo ajustado com os operários um denário por dia, mandou-os para a sua vinha”. (Mt 20, 1-2)

Como essa vida é miserável, um vale de lágrimas, e, ainda assim, amamo-la do que qualquer outro bem. Santo Agostinho ressalta que no céu cada um receberá um prêmio conforme seu zelo nos bens futuros.

Santo Agostinho, de sancta virginitate, 26



Dá a todos um denário, a recompensa de todos, porque será igualmente dada a mesma vida eterna. Haverá na vida eterna, na casa do Pai, muitas moradas e ressaltará nelas, de um modo diferente, o brilho dos méritos de cada um. O denário, que é o mesmo para todos, significa que todos viverão no céu, porém, a diferença de mansões, o que indica a glória distinta dos santos.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Comentário de Beda do Evangelho de São João


Três dias depois, celebravam-se umas bodas em Caná da Galiléia, e encontrava-se lá a Mãe de Jesus. Foi também convidado Jesus com seus discípulos para as bodas. E faltando o vinho, a Mãe de Jesus disse-lhe:” Não tem vinho.” (Jo, 2, 1-4)

Beda

Não carece de mistério quando se diz que as bodas se celebram no terceiro dia. Aparece o primeiro tempo do mundo, antes da Lei, pelo exemplo dos patriarcas. O segundo, sob o amparo da Lei, por meio dos escritos dos profetas. E o terceiro tempo brilha o tempo da graça (como a luz do terceiro dia) pelos sermões dos evangelistas, durante o qual o Senhor apareceu revestido de nossa carne.

Ademais, como se diz que estas bodas se celebram em Caná da Galiléia, demonstra-se em sentido figurado que somos muito dignos da graça de Jesus Cristo; aqueles que, distinguindo-se pelo fervor de sua piedade, passam dos vícios às virtudes, e sabem que emigram das coisas terrenas às celestes.


Estando já o Senhor nas bodas, faltou o vinho, objeto que manifesta a glória de Deus (oculta, abaixo da forma humana, por meio do vinho de melhor condição). Por isso se segue: “ E chegando a faltar o vinho, a Mãe de Jesus lhe disse: “Não tem vinho”.