A paciência se ocupa de mais especial das tristezas. Diz-se que é paciente, não aquele que se recusa fugir das dificuldades, mas aquele que se comporta corretamente, aturando o que atualmente aflige, de modo a não cair na tristeza desordenada.
Não é possível ter a paciência sem a graça, não é o mesmo que suportar sofrimentos pela saúde do corpo, este procede do amor que o dedica, por natureza, à sua própria carne, enquanto preferir o bem da graça a todos os bens naturais cuja perda nos incomoda é da ordem da caridade que ama a Deus sobre as todas coisas.
Estamos na terra para fazermos penitência, não é ela, portanto, lugar de repouso, mas de trabalhar com sofrimentos. A prática da paciência se faz quando nos arrebata parentes e amigos, na pobreza, desprezos e perseguições, nas desolações espirituais, nas tentações, nas doenças. A resignação na vontade de Deus é bastante para assegurar a nossa salvação eterna.